Tive um diálogo interno.
Estava caminhando pelas estradas que saem do meu coração direto para a mente, quanto um garoto me parou. Era eu mesmo, mais novo, por volta de sete anos de idade; e eu disse comigo mesmo:
- João, por favor, me dê um presente?
Confuso, perguntei o que ele – eu – queria. E respondi, já com um semblante mais velho:
- Não abandone seu coração. Ele precisa de cuidados.
Queria saber mais sobre aquilo. Surpreso, me distraí, refletindo, e reparei que meu “outro eu” já estava mais velho que eu próprio; adulto, na verdade.
- Não deixe de ser como você é. Mas também não deixe tanta dor possuir o seu coração...
Virou-se para trás, e me aproximei dele - de mim, colocando-me ao meu lado. Olhei em sua direção e deparei-me com um idoso, que me fitou nos olhos e disse:
-... Ou você permitirá que tanta dor faça sua vida passar diante dos olhos...?
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