08 agosto 2011

Soneto de Sofrimento


Se tu concordas com meu sofrimento
Que posso fazer? – Sofrerei sozinho
Pois para amar – e odiar – há um momento
Recolho-me e em meu peito, me aninho

Que se apaguem, das chamas, as mais quentes...
Pouco importa se hoje o Sol esfriar...
E as estrelas, tornar-se-ão cadentes
Nas trevas deixar-me- ei, então, ocultar

As negras sendas, minhas negras vias
Elas, que reinam cruéis em meu peito
Cegam-me, por via das agonias

E aqui dentro, são fortes os conflitos
Que me tomam, me possuem, me matam
E tornam meus Calvários, infinitos

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