08 agosto 2011

Poema V


Como pode a vida me encantar?
Como posso me alegrar diante de tanto egoísmo?
Como posso agarrar-me às escarpas e resistir ao profundo,
[escuro abismo?
Resta alternativa aos olhos, senão se fechar?

Resta alguma pureza, qualquer resquício?
Algo da bondade e cortesia que tínhamos desde o início?
Ou tudo se perdeu nas trevas do mesmo precipício...?
Cada uma das virtudes tornou-se torpe vício?

Onde estás, fulgor vital, que guia...?
A paz que me governa, brandura de nostalgia...
Da vida que aqui vemos, a magia...?

Espero não ter se perdido,
Nem ter se restringido
Aos versos de tão humilde, porém
Dedicada poesia


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