08 setembro 2011

Soneto de Sofrimento


Se o remorso é insuportável,
Então que sentem os meus assassinos?
Matam-me com sorriso amável,
...E humilham-me, sendo meninos!

E caso condene-se mesmo o crime,
Por que são impunes os meus algozes?
Enforcam meu peito com duro vime,
... E minha mente com frases atrozes!

Onde está o amor que pague,
Tantos castigos meus sob o açoite,
Tanto sangue vertido pelo azorrague?

E onde está o dia e tão densa noite?
E não há por que invejar,
Por que, sempre, hão de me torturar...?

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