16 setembro 2011

Transcrição


Escrever-vos-ei um texto,
mas não em linhas contínuas...
Que apesar de lhes agradarem,
não são, ainda, poesia.

Colocarei cada coisa, tal qual,
colocaria num texto igual;
e essas emoções contidas, condensadas
nos meus versos descontínuos,
rogo para que mais lhes toquem
que um texto frio e paragrafado,
cheio de coesão e coerência

Pois afinal, que coerência há em amar?
Que coesão necessita a alegria?
que num caos apenas nos ocorrem
pelo simples preço de um sorriso...?

E, afinal, não acheis
que cada palavra como lágrima;
e cada verso como um sorriso;
Que cada estrofe como um conjunto
de emoções lindamente caóticas
Não fazem de cada poema,
a transcrição de um coração?

Nenhum comentário:

Postar um comentário