Estava
passeando num museu, observando determinada exposição de arte moderna. Distraído,
entediado com aquelas obras, cujo significado, sinceramente, não me comovia,
peguei uma goma de mascar. Botei-a na boca e procurei por um lugar onde poderia
descartar a embalagem.
Achei
uma lata de lixo, estava prestes a jogar a embalagem quando um funcionário do local
me repreendeu:
-Senhor,
por favor, não toque nisto.
-Por
que não?
Visivelmente
ofendido, ele me respondeu, com ares de superioridade:
-Ora,
não vê? Isso é uma obra de arte! –
colocou tanta pompa nessas últimas palavras que cheguei a me enojar. – Com licença,
por gentileza. Esta exposição não tem lugar para pessoas sem senso crítico para
reconhecer a verdadeira arte...!
Ele
havia aumentado intencionalmente seu tom de voz, para que todos os presentes
voltassem suas atenções para mim. Fiquei extremamente constrangido com aquilo,
meti a causa daquilo tudo em meu bolso, e saí quase correndo do museu.
Já
em casa, pensando melhor sobre o ocorrido, cheguei a uma conclusão.
Toda
aquela “arte” moderna, que transforma a liberdade
artística em pura libertinagem;
protesta sem qualquer princípio, e fins (quais?!) que não justificam seus
caóticos meios inexistentes; e confunde o espectador que tenta interpretá-los, em
vez de “ajudá-lo a viver e prepará-lo para a morte”; na verdade, penso que essa
arte não deveria ser representada por uma lata de lixo...
Concluí
que, definitivamente, deveria ser o que se encontra dentro dela.
A Arte, como livre manifestação do pensamento é inquestionável...
ResponderExcluirMe desculpe.....Não acho que a arte é inquestionável, no mínimo, deve ser direcionada a questionamentos.
ResponderExcluirO que diz tbm penso ...não deveria a arte dxar a libertinagem e voltar para a liberdade com todo seu esplendor??